terça-feira, 9 de novembro de 2010

On the Road invade o paraíso perdido

12 h de viagem, uma balsa e uma estrada com risco de morte para chegar na terra prometida
Trilha e estradas perigosas, mensagens em placas e postes
Nas palavras do rei, a Babilônia está queimando



Não dava mais para voltar. E, ainda que fizesse algum sentido dar meia volta na estrada, nenhum de nós seríamos suficientemente loucos para desistir e não ir atrás de tudo o que estava nos esperando nas próximas cinco horas. Ali estávamos todos, de pé, em frente ao único supermercado de Delfinópolis. Eu, dois fotógrafos e um advogado conversando com José, um senhor de setenta e poucos anos completamente assustado com a nossa abordagem sem formalismos, sem mentira, começando assim: “Como é que pegamos a estrada para a Babilônia”?
O sujeito ficou espantado no ato e tratou de ficar correndo os dedos pelos cabelos envelhecidos para tentar achar, num canto da cabeça, uma resposta, uma sentença, uma maneira de nos dissuadir de seguir em frente para os “caminhos tortuosos da noite”. “Vai que Deus não quer que vocês cheguem lá hoje?”, tratou de emendar, olhando no fundo dos nossos olhos joviais, cheios de culpa, de medo, de dúvidas sobre os mistérios do planeta. Parecia até um anjo negro batendo as asas no meio do vento.
Garota, eu vou para a Babilônia
Finalmente, isso estava acontecendo. De um ano para o outro, comecei a perceber que talvez o Sistema esteja ruindo, cedendo, se desconcertando nas peças centrais escondidas no meio de tudo. Nas palavras do rei, a Babilônia está queimando. Têm aparecido algumas pessoas com vontade de ver as coisas acontecendo, com curiosidade, com fome de experimentar uma nova percepção sobre as múltiplas possibilidades da vida. E, por coincidência, há alguns meses, fiquei sabendo que existia um distrito chamado Babilônia no interior de Minas Gerais, próximo de Delfinópolis, uma vila perdida no meio da natureza selvagem, com cachoeiras, matas virgens e grandes descobertas interiores. Quase um convite para o paraíso.
Partimos no primeiro dia desta primavera, com o último sol do inverno como testemunha das nossas loucuras particulares que nos colocaram nessa estrada. Partimos sem mapas, sem saber muito do caminho, sem saber se chegaríamos e sem muito dinheiro, contando que encontraríamos uma montanha confortavelmente segura para montar nossas barracas debaixo do céu estrelado, imenso, característico do Sul do estado.
José foi a primeira pessoa que arriscamos pedir alguma informação. Toda vez que mencionávamos o nosso destino, dava para ver as rugas de seu rosto brotando pulsantes por todos os cantos. “Está escuro e os campos da Babilônia não são fáceis. Deus pode não querer que vocês vão para lá hoje. Fiquem, durmam aqui na cidade e amanhã vocês continuam com segurança”, indicou, pela terceira vez em uma mesma frase. Concordamos com a cabeça e saímos andando em direção ao carro. É claro que íamos seguir em frente.
A gente devia ter ouvido o José
Vinte e dois quilômetros de estrada de terra depois, na escuridão profunda de milharais abandonados, sem nenhuma indicação, sem nenhuma alma humana por perto, o acelerador do carro começou a falhar. Paranoia absoluta.
Comecei a pensar nas placas que vi na entrada de Delfinópolis, todas referentes a passagens bíblicas, e senti minha respiração falhando. “Vai que Deus não quer que vocês cheguem lá hoje”. Por que será que Deus estava fazendo isso com a gente? Será que Ele queria esconder alguma coisa de nós, humanos, com pecados pendentes na conta do Céu?
Toda nossa esperança em Tião Pinguinha
Milagrosamente, conseguimos seguir dirigindo até um vilarejo chamado Olhos d’Água, com pouco mais de 800 habitantes. O único mecânico da cidade, porém, estava em um casamento e atendia pelo nome de Tião Pinguinha. “É difícil achar ele à noite”, disse a garota da farmácia, que mal conseguia se aguentar na cadeira de tanta curiosidade. “O que vocês estão fazendo aqui?”, perguntou, enfim, quando eu já estava entrando no carro de volta. “Estamos indo para a Babilônia”, respondi. Ela sorriu com o canto da boca.
Tião não estava no casamento. E em nenhum bar da vila. Nossa saída era um senhor chamado João, que também entendia um bocado de carros. Mas João estava na igreja evangélica. E, como se não bastasse, ele não poderia deixar a capela até o momento em que pincelasse um último acorde no órgão encostado no altar. Sim, João, o mecânico reserva, também usa suas ferramentas para servir ao Senhor.
Tudo indicava que era hora de voltar, mas dali, de Olhos d’Água, já conseguíamos ver a fumaça da Babilônia subindo pela noite, mergulhada no barulho dos galhos que crepitavam no estalar do fogo. Faltava pouco. Muito pouco.
Queima, Babilônia
Entramos pela rua calçada em silêncio, olhando as primeiras casas de madeira enfileiradas pela direita da janela do carro. Estávamos completando 10 horas de viagem nesse exato momento e não dava para saber se tínhamos chegado. “Ei, queremos ir para a Babilônia”, falamos com o molequinho que jogava futebol na garagem de casa. Ele pediu para esperar, entrou por uma porta larga e voltou logo em seguida, ofegante, com uma informação um tanto estranha até para si mesmo: “Minha mãe disse que... aqui é a Babilônia”!
Não parecia o que eu esperava de uma vila chamada Babilônia. Quer dizer, tirando a casa do moleque e outras poucas 15 construções vizinhas, a única coisa que preenchia aquele espaço de terra era uma igreja e uma praça. E tocava música eletrônica em um carro de som estacionado de frente para o único boteco. Não tinha nenhum hippie, nem as cores do reggae em algum muro e nem uma estátua de Jesus no meio da rua. Porém, o cheiro de planta queimando no ar era inconfundível.
“Ninguém mais conhece essa vila por esse nome”, tentou explicar o dono de uma lanchonete. “Já faz alguns anos que somos apenas Ponte Alta. Para os homens de coragem, restaram apenas os ‘Vãos da Babilônia’, para lá da Serra da Canastra”, continuou, agora abaixando repentinamente a voz. “Lá sim ainda existe esse nome. Mas para chegar lá não é fácil. Muitos nunca voltaram”.
Paraíso perdido
Tentando esquecer que, em algum momento da noite anterior, a gente estava dançando com os nativos de Ponte Alta no meio da praça, amanhecemos acampados em outro vilarejo, chamado Glória, conversando com um caubói que prometeu que arrumaria o problema do acelerador. E, por mais estranho que possa parecer, ele arrumou mesmo o problema do acelerador.
Pronto. Segundo os astros, menos de 20 quilômetros nos separavam dos vãos da Babilônia, “uma planície larga cercada nas extremidades por duas serras enormes, que seguem reto pela linha do horizonte”. Era lá que encontraríamos as cachoeiras mais longas, belas e inexploradas de nossas vidas, como se fossem pequenos suspiros de Deus perdidos entre a criação de um Universo de belezas simples, puras, que desafiam a ordem defendida pelos Homens. Um canto de Minas - e do mundo - onde não existem Leis. Uma negação da Babilônia que se lê na Bíblia.
Dirigimos por mais duas horas até começarmos a ver as serras se ajeitando lado a lado, bem no fundo da estrada sinuosa que cortava as montanhas da Canastra. Era estranho estar chegando em algum lugar. “Não esperem encontrar malucos por lá. Eles não aparecem mais por aqui”. Esse aviso do senhor da lanchonete me veio à cabeça. Já faz alguns anos que o turismo da região só contempla jipeiros cachaceiros e cavalgadas previamente planejadas para as noites de lua cheia. Isso porque, misteriosamente, as pousadas da região ficaram caras, de uma noite para a outra.
Nós não esperávamos encontrar ninguém, em todo caso. Muito menos uma cidade, um bar, uma montanha com um mirante famoso, visitado por todos os viajantes que se arriscam por aquelas estradas. Em silêncio, ouvindo só o barulho dos pássaros e da terceira música do Slightly Stoopid, nosso único desejo era encontrar com nós mesmos, com os nossos deuses e anseios, com o nosso Sistema condenado pela emoção de sair por aí apenas para ir, simplesmente Ir. Saímos de casa para encontrar a Babilônia, o caos. E descobrimos o nosso paraíso perdido entre as montanhas da natureza divina.

(Da revista Ragga http://www.divirta-se.uai.com.br/, por Bernardo Biagioni, em 02/11/2010)

Cultura - Montes Claros: Banda 4 de Copas tem músicas próprias

Montes Claros tem muitos artistas que trabalham com músicas próprias, buscando reconhecimento regional. A banda 4 de Copas é um exemplo disto. A música Ar do Norte, da 4 de Copas, é, inclusive, tema do Psiu Poético.
banda 4 de Copas

O grupo acabou de perder o guitarrista e está à procura de um novo integrante. Atualmente, a formação conta com Isaac Terra no teclado, Junior Casimiro na guitarra solo, Pedro Henrique no vocal e Igor Stanley no baixo. A banda surgiu em 2006, com a ideia de gravar músicas próprias, mas chegou a tocar cover da banda The Doors.

- Tínhamos uma influência de blues. Daí, começamos a trabalhar novas músicas, gravamos duas faixas e começamos o grupo. Na verdade, toda banda que faz cover tem a intenção de fazer música própria. Esta música do Psiu Poético é uma das mais recentes, feitas com a nova formação - afirma Pedro.

Segundo Isaac, a banda concorreu em 2009 a música tema do Psiu, mas acabou perdendo a vaga para a banda Sofia, em votação na internet.

- Este ano fomos selecionados. A música fala sobre a região - diz.

Compositor, Pedro conta que costuma buscar na vida e no seu cotidiano inspiração para escrever.

- Queria fazer música para concorrer a festivais, por isso tentei colocar aspectos mais regionalistas e simples, um rock regional. Eu cresci em Engenheiro Navarro. Assim, coloquei coisas como comida típica, conversas na porta de casa, coisas que vejo na rua, a cultura do Norte de Minas - afirma.

Sobre a cena musical montesclarense, Pedro diz que é preciso um lugar onde bandas de rock sertanejo possam se apresentar, coisa que aqui não tem. Ele acredita que falta mais força e trabalho para formar o cenário.

Isaac ressalta o bom trabalho da ARCM e do coletivo Retomada
- Só aqui dentro de Montes Claros não podemos ficar, temos que ir para fora expandir. Já realizamos shows fora das nossas cidades e a aceitação do público tem sido igual. Aqui é melhor porque as pessoas gostam e marcam presença. Já temos um repertório reserva de Raul, para não ter problema quando pedem músicas nos shows. Vamos fazer apresentações durante todo Psiu Poético, em dias pré-programados, e na abertura vamos tocar a música tema - afirma.

Pedro fala dos projetos da banda
- Temos a intenção de gravar um CD este ano. Acreditamos no potencial de nossas músicas. Quando a banda não tem um reconhecimento legal é ruim. Queremos aproveitar esse espaço do Psiu e mostrar o nosso trabalho para as pessoas que gostam do rock de garagem, aproveitando que é evento nacional - conclui.

Outras informações (38) 9153-1489 ou www.myspace/4dcopas

(Do jornal O Norte de Minas http://www.onorte.net/noticias.php, por Michelle Tondineli, repórter, em 05/07/2010)

Estado de Minas Gerais tem dezesseis novos municípios na lista de exportadores

Vale do Jequitinhonha MG

Belo Horizonte (Abn News) -  Dezesseis municípios mineiros, de diversas regiões, estrearam nas exportações ou voltaram a exportar no mês de setembro deste ano, entre eles Comercinho, no Vale do Jequitinhonha, que está exportando granito. Merecem destaques, ainda, os municípios de São Lourenço, no Sul de Minas, que está vendendo água mineral para o mercado internacional, enquanto Monte Sião, também no Sul do Estado, está comercializando produtos têxteis.

Também entraram na lista de exportadores mineiros, São Gonçalo do Rio Abaixo, Rio Piracicaba, Nazareno, Divisa Alegre, Campina Verde, Tiros, Vargem Grande do Rio Pardo, Bonfinópolis de Minas, Carmópolis de Minas, São Joaquim de Bicas, Sacramento, Conceição do Rio Verde e Carandaí.

A informação é da Central Exportaminas, unidade vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), que realiza mensalmente o Mapeamento das Exportações de Minas Gerais, com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Conforme os dados divulgados nesta quarta-feira (13) foram 239 os municípios mineiros que operaram no mercado internacional até setembro, enquanto no Brasil este número atinge 2.285 municípios.
Por outro lado, o principal município exportador de Minas Gerais continua sendo Itabira, e o quarto lugar no Brasil, pelas suas vendas para o exterior de minério e pedras preciosas, com destaque para rubis, safiras e esmeraldas. Os principais países destinos dos produtos de Itabira são China, Alemanha, Japão, Coréia do Sul e Países Baixos (Holanda).

A pauta exportadora de Minas Gerais continua diversificada, com a venda ao exterior de 2.610 produtos distintos. Entretanto, os 10 principais produtos da pauta respondem por mais de 70% das exportações mineiras.

Dentre os principais produtos exportados pelo Estado nos nove meses de 2010, destaque para os minérios, café, ferronióbio, ouro, açúcar, complexos soja e ferro fundido. Os produtos da cadeia minerometalúrgica continuam dominando a pauta exportadora mineira. No entanto, merece destaque citar um novo produto que entrou na pauta de exportações: o sebo bovino exportado por Nanuque, no Vale do Mucuri, assim como ovinos e caprinos vivos (Uberaba) e cerveja (Belo Horizonte).

Minas Gerais manteve-se, até setembro de 2010, como o segundo maior exportador brasileiro, com 17,4% do total exportado pelo Brasil, ficando atrás apenas de São Paulo.

O principal meio de escoamento das exportações mineiras continua sendo o modal marítimo. Dentre os portos usados pelas empresas de Minas Gerais destacam-se os de Vitória, Santos, Sepetiba e Rio de Janeiro.

(Da Agência Brasileira de NotíciasABNNews http://www.abn.com.br/, em 17/10/2010)

ROTEIRO: O novo diamante

Descoberta por garimpeiros, a Chapada Diamantina hoje vive de um outro tesouro: o Ecoturismo
Serra do Esbarrancado
(Fotos imperdíveis da Chapada Diamantina - do forista Baianóide do SSL - )
Há um século e meio, nascia uma tênue esperança para milhares de sertanejos baianos que viviam isolados. Numa região situada a aproximadamente 400 quilômetros de Salvador, explodia a febre da descoberta de diamantes no local que passou a ser conhecido como Chapada Diamantina. O ciclo começou em 1844, com o achado de valiosas gemas às margens do rio Mucugê, quando toda a região, encravada no sertão, vivia uma das maiores secas de sua história.

A ocupação do local foi puxada por garimpeiros que partiram do antigo Arraial do Tijuco (hoje a cidade histórica de Diamantina, em Minas Gerais), e logo surgiram grandes aglomerações urbanas (para os padrões da época).

Como em todas as explorações de materiais valiosos, os lucros foram concentradas nas mãos de poucos. Mesmo que o grande ciclo tenha morrido ainda no século 19, a exploração se manteve até 1996, de forma mecanizada. Foi quando leis mais severas selaram as dragas que já produziam pouco e detonavam o ambiente.

Com a economia do diamante dando adeus, a indústria do turismo começou a ganhar força na Chapada Diamantina, movida por outro tesouro, formado pelas incontáveis atrações naturais. Rio Garapa, morro do Camelo, ribeirão do Meio, poço Azul e cachoeira da Fumaça são alguns dos cartões-postais da região. Ali, o ecoturismo dita as normas.

Nessa busca, o visitante ainda se surpreenderá com preciosidades como as ruínas da cidade de pedra de Xique Xique do Igatu e o Vale do Capão, onde aflora uma comunidade rastafári – e onde os hippies ainda marcam presença.

Milhões de anos, chuvas, frio, vento e sol moldaram a Chapada Diamantina. Acabaram por desenhar uma obra-prima. Com 38 mil km2 – área equivalente ao território da Holanda –, está inserida em um dos maiores parques do País e é conhecida como a meca brasileira do trekking. Abriga 57 cidades, entre médias, pequenas e minúsculas (a maioria), todas com ar de sertão. Um mundo à parte, quase sempre afastado do sinal de celular.

Deslumbre, cultura, oxigênio, verde, água, suor. A Chapada Diamantina exige respeito, aquela reverência necessária quando se está de frente para o colossal, o quase improvável, não fosse ela a natureza. Para quem curte ecoturismo, é um dos cenários mais incríveis do Brasil, de dia e à noite.

Lençóis, considerada “capital” da Chapada, tem a melhor infraestrutura em todos os aspectos, além de ostentar um casario do século 19 bem conservado e todo o charme em que isso resulta. O município abriga algumas das principais atrações da região, como o morro do Pai Inácio, o poço do Diabo, a cachoeira do Sossego e a gruta e a praia da Pratinha.

Em toda a Chapada Diamantina, caminhadas (leves ou não), banhos de cachoeira (há cerca de 300 quedas) e esportes de aventura sustentam uma programação de passeios para todas as idades. Mostram um lugar múltiplo e curioso, onde os principais requisitos são ter humor e espírito aberto.

A arquitetura de Lençóis tem muito do estilo colonial. As portas e janelas são gigantescas, e o pé direito (altura do piso ao teto) pode chegar a mais de quatro metros. Por fora, são coloridas, o que dá um ar ainda mais especial à cidade, tombada em 1973 como Patrimônio Histórico Nacional.

(Do Jonal A Notícia http://www.clicrbs.com.br/anoticia, em 9 de novembro de 2010. Edição N° 943)
(Foto: SkyscraperCity > Latin American Forums > Fóruns Brasileiros > Fóruns Regionais > Nordeste)

Minas Gerais conta com nova distribuidora atacadista

Empresa do Triângulo Mineiro terá exclusividade dos produtos Kraft
Dados da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (ABAD) registram crescimento de 6% no setor atacadista no Brasil de 2009 para 2010. Sendo este um setor com crescimento contínuo há 10 anos e responsável por 5% do produto interno bruto brasileiro.

Em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, as empresas do setor têm contribuído significativamente para a expansão dos negócios, como é o caso do grupo Aliança Atacadista. Além do atacado, hoje o grupo possui a Rede Biz de supermercados, Alli Logística e acaba de implantar a Biz Distribuidora.

A última iniciou os trabalhos esse mês com a exclusividade na distribuição dos produtos Kraft do Brasil na região do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Pontal do Triângulo, em Minas Gerais.

Para atender as 68 cidades da área de atuação, a Biz Distribuidora abriu inicialmente 50 novas vagas de trabalho “Teremos 50 funcionários dedicados à operação de distribuição da Kraft. Sendo que 20 já foram contratados para atender Uberlândia, Araguari, Uberaba e cidades próximas”, explica Jorge Mariano, gestor da Biz Distribuidora.

Essas equipes serão responsáveis pelas ações de merchandising e vendas dos produtos Kraft, como os chocolates Lacta, biscoitos Trakinas, sucos Tang, Fresh e Clight, goma de mascar Trident e Bubballo, balas Halls, sobremesas e fermento da Royal, além do queijo Philadelphia, entre outras marcas.

Gilson Cantuário, gestor de marketing e trade marketing da Aliança e da Rede Biz, destaca a importância dos novos negócios. “Com a criação da distribuidora e ampliação dos serviços, ofereceremos mais qualidade aos clientes do atacadista e também aos supermercadistas filiados à Rede Biz”, destaca o gestor.

Todas as operações de entregas continuarão sendo realizadas pela Alli Logística, do grupo Aliança, responsável ainda pelo transporte dos produtos do Aliança e Rede Biz.

Atacado Rede Biz
Outra novidade do grupo Aliança é o Biz Super Atacado. Com essa nova estratégia de mercado, os filiados da Rede Biz passam a contar com um atacado exclusivo. “Essa mudança irá trazer melhorias nos negócios com a evolução da central de negócios para atender nossos clientes”, justifica Cantuário.

Cidades atendidas
A Biz Distribuidora irá atuar nas cidades mineiras de Abadia dos Dourados, Água Comprida, Araguari, Araporã, Arapuá, Araxá, Cachoeira Dourada, Campina Verde, Campo Florido, Canápolis, Capinópolis, Carmo do Paranaíba, Cascalho Rico, Centralina, Comendador Gomes, Conceição das Alagoas, Conquista, Coromandel, Cruzeiro da Fortaleza, Delta, Douradoquara, Estrela do Sul, Fronteira, Frutal, Grupiara, Guarda-Mor, Guimarânia, Gurinhatã, Ibiá, Indianópolis, Ipiaçu, Iraí de Minas, Itapagipe, Ituiutaba, Iturama, Lagamar, Lagoa Formosa, Limeira do Oeste, Matutina, Monte Alegre de Minas, Monte Carmelo, Nova Ponte, Patos de Minas, Patrocínio, Pedrinópolis, Perdizes, Pirajuba, Planura, Prata, Presidente Olegário, Rio Paranaíba, Romaria, Sacramento, Santa Juliana, Santa Vitória, São Francisco de Sales, São Gonçalo do Abaeté, São Gotardo, Serra do Salitre, Tapira, Tiros, Tupaciguara, Uberaba, Uberlândia, União de Minas, Varjão de Minas, Vazante e Veríssimo.

(Do portal Fator Brasil http://www.revistafator.com.br/ver_noticia.php?not=131030, em10/09/2010)

Samba

Prado, Bahia

Era tudo mentira
um sonho impossível

Era minha fantasia

Viajei no sonho
onde não tinha chão
cada passo eu me perdia
era imaginação

Volto a viver
olho tudo à minha volta
calo o coração pra escutar
esforço-me para tentar entender

Esqueço tudo, até de mim

Encontro um vulto em minha porta
um menino dentro de mim renasceu.


Brasília, 109 Sul, 23.Out.2009
Ricardo Wagner Ribeiro

Ser e estar

Primavera adentro
No Tororão, Prado-BA

Cigarras assoviam
Há muito não parava
Para escutar seu som
Choveu na grama verde
Do jardim florido

Por aqui passam, passaram
Passarão pássaros
Cães, borboletas e pessoas
Com futuro
Ou sem passado

Mas o tempo é aqui
O instante é presente
Meu coração pressente
Nunca me esqueço
Do que fui e sou agora

Se vacilo é só por viver
Por tentar não deixar de sentir
Sentimento que me faz viver
Bêbados, corações meninos
Pensamentos clandestinos

Bebo da ilusão de acreditar
Que tudo pode acontecer
Que tudo está certo
Agora longe, depois mais perto
Amanhã vai estar tudo bem.

Brasília, 109 Sul, 23.Out.2009
Ricardo Wagner Ribeiro

Poente

(a Alan Poe)

(Imagem: Impulso HQ)
 www.impulsohq.com.br/.../edgar_alan_poe_hq.jpg


O sol se põe
A lua se impõe
A terra arde
De tanto calor
Tanto frio
Seca o rio
No ar sem cor

Já vou embora
Não vou mais voltar
Nunca mais (?)
O que sou agora (?)
Ficou num bar
Na beira
No cais, no caos.

Brasília, 109 Sul, 23.Out.2009

Ricardo Wagner Ribeiro

Mineiro de Guanhães é o campeão do Circuito de Atletismo de 2010

Dois atletas quenianos dominaram a nona e penúltima etapa do Circuito de Corridas da Caixa, em Uberlândia. Paul Kimutai ainda teve dificuldade para superar Giomar Pereira da Silva, mas Rumokol Elizabeth Chepkanan colocou 41 segundos de vantagem sobre a vice-campeã, Cruz Nonata da Silva. Apesar disso, o título do Ranking Nacional Caixa/CBAT de 2010 foi mesmo para o favorito, Valdir Sérgio de Oliveira.

O atleta cruzou a linha de chegada no 11º lugar, mas tinha uma vantagem tão confortável que não poderá ser alcançado. Ele abriu 100 pontos para seu companheiro do Cruzeiro, Giomar Pereira da Silva. Faltam quatro provas do Ranking para o final da temporada, sendo duas delas no mesmo domingo - a última etapa do Circuito, em Brasília, e a 10K Rio - Corrida Pan-Americana, ambas no dia 28 deste mês. Por isso, Giomar poderá somar no máximo 90 pontos.

Valdir precisava fazer um ponto para garantir o título, mas o 11º na prova (10º na somatória, pois o campeão queniano não pontua) lhe deu mais 11 e ele soma 316 pontos contra 216 de Giomar Pereira da Silva, vice-campeão em Uberlândia, e tricampeão do Ranking (2006, 2008 e 2009). No entanto, mesmo já campeão, o atleta queria mais na prova mineira.

"Estou feliz pelo título antecipado, mas queria conquistar mais um pódio. Não deu porque senti um pouco de cansaço na metade da prova, já que não treinei direito nas últimas três semanas, pois estava me recuperando de um problema com uma bactéria", explicou o campeão antecipado de 2010.

Valdir é a grande revelação das corridas de rua desta temporada. Com 25 anos, o atleta natural de Guanhães-MG mora em Contagem, e começou a correr influenciado pelo irmão Lindomar Modesto de Oliveira, o 'Pantanal'. Depois de algumas lesões no começo da carreira, Valdir voltou para o Cruzeiro em janeiro de 2010 e teve um ano quase perfeito. Correu muito, fez 33 provas (29 de 10K e 4 meias-maratonas) até este domingo, mas garantiu a incrível regularidade de 27 pódios.

No Circuito, ele fez pódio nas sete provas que havia disputado. Somou três vitórias, em Belo Horizonte, Campo Grande e Porto Alegre, dois segundos lugares, em Ribeirão Preto e Fortaleza, uma terceira posição em São Paulo e foi o quinto em Goiânia.

"Agora quero descansar um pouco e depois vou me preparar para as últimas competições do ano. Vou lutar muito pelo pódio na São Silvestre", acrescentou o atleta, muito comemorado pelos companheiros do Cruzeiro em Uberlândia.
Classificação

Masculino
1- Paul Koech Kimutai (Quênia/Luasa) - 29min41s
2- Giomar Pereira da Silva (Cruzeiro/CAIXA) - 29min44s
3- João Ferreira de Lima, o "João da Bota" (Cruzeiro) - 29min51s
4- Luís Paulo da Silva Antunes (Cruzeiro) - 30min15s
5- Franck Caldeira (Cruzeiro) - 30min25s
6- Ivanil Pereira dos Anjos, o "Gomes" (Cruzeiro/Café do Doutor) - 30min36s
7- José do Nascimento Souza (Londrina) - 30min47s
8- Sivaldo Santos Viana (M.Calçados) - 30min53s
9- Célio Falcão (Arena Projetos) - 30min58s
10- Cristiano da Silva Machado (Cruzeiro) - 31min06s

Feminino
1- Rumokol Elizabeth Chepkanan (Quênia/Luasa) - 33min59s
2- Cruz Nonata da Silva (BM&FBOVESPA) - 34min40s
3- Edielza Alves dos Santos Guimarães (Pindamonhangaba) - 35min31s
4- Sueli Pereira Silva (Gran Cursos/Eja-Jataí) - 35min42s
5- Joziane da Silva Cardoso (Cruzeiro) - 35min46s
6- Conceição de Maria Carvalho Oliveira (FindYourSelf/CAIXA) - 36min52s
7- Maria Zeferina Baldaia (CAIXA/Serquímica/Mizuno) - 37min14s
8- Marizete Moreira dos Santos (CASO/CAIXA) - 37min31s
9- Ilda Alves dos Santos (Cruzeiro) - 37min47s
10- Sueli Aparecida Vieira (Pacer) - 38min38s

(Da Gazeta Press http://www.gazetapress.com/ em Notícias do site BrasLocal http://www.brasilocal.com/minas_gerais/guanhaes.html, em 07.11.2010)