Há quanto não se vê um poeta rimando palavras nos palcos da vida. Algo que faça lembrar Shakespeare, Drummond, Castro Alves ou Pessoa, arrancar do peito emoção, suspiro e prazer de ler e ouvir a louca poesia dos desesperados malucos da cidade, dos guerreiros da selva de concreto ou o pinhão na amarração, batendo o cuitelinho, gritando eh boi, lá!
Só sobraram gritos, soluços e devaneios dos menestréis, cantadores e violeiros. Assim é que a poesia se faz manter chama acesa, na garganta, na canção, sem festivais. Carnaval agora é elétrico, passarela do samba é teleinvasão, serenata é cena do passado. Poesia, maestro, por favor! Música, poetas, seresteiros, namorados, correi!
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Caetano Veloso |
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João Bosco |