Filho do boiadeiro araguarino Antônio José Martins e de uma artista de circo (Circo América), – como também padrasto da atriz Débora Duarte e avô das também atrizes Paloma e Daniela Duarte –, o ator global Lima Duarte esteve em Araguari, numa sexta-feira, 7 de março de 2010, com o objetivo de gravar um comercial de televisão.
Lima Duarte, cujo nome é Ariclenes Venâncio Martins, viu na oportunidade uma forma de entrar em contato com a figura paterna. “Estar aqui na cidade, para mim, é de certa forma encontrar-me com meu pai, com um passado que eu não tive oportunidade de conhecer. Tenho certeza que ele permanece vivo em meu coração e em minhas lembranças, das quais também fará parte Araguari”, disse o ator.
O ator foi a atração
Após desembarcar em Araguari e ser recebido com todo o carinho pelo público e seus anfitriões, Lima Duarte participou da gravação de um comercial do Grupo Vasconcelos (cerealista), empresa com grande destaque regional e que investe pesado em projetos sociais. O local escolhido para as gravações foi a Casa Pires, um dos estabelecimentos comerciais mais antigos da cidade, situado à rua Padre Anchieta, 180.
Simpático, o ator foi a grande atração na cidade e sua visita atraiu muitos fãs e curiosos, que pararam em frente ao local das gravações para dar uma olhada no que estava acontecendo.
Talita Gonçalves - jornal Gazeta do Triângulo, 7 de março de 2010
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Batalhão Mauá, 45 anos de serviços prestados a Araguari e ao Brasil
Às 16h30 do dia 10 de maio de 1965, há 45 anos atrás, na estação ferroviária da Estrada de Ferro de Goiás, soava pelos céus de Araguari o apito do trem que conduzia os integrantes de uma organização militar até então desconhecida pelos araguarinos: o Batalhão Mauá - unidade de elite do Exército Brasileiro que foi transferida para o Triângulo Mineiro, com a incumbência de uma nobre, histórica e importante missão a ser cumprida no Planalto Central: a integração de Brasília, a Capital federal, recentemente inaugurada à época, ao sistema ferroviário nacional.
A estação estava completamente tomada pela população que disputava cada palmo da área livre da majestosa e imponente estação. Gente até “nas tampas”, nas escadarias, nos acessos à plataforma, nos canteiros da praça, nas janelas e nas portas das edificações que ornamentavam o conjunto ferroviário, nos muros, nos postes e até mesmo em árvores. Enormes filas tomavam conta do lugar e o povo espremido nas cordas que delimitavam a área nem se davam conta do “peteco” formado, o que se queria mesmo era acompanhar o desembarque da tropa do Batalhão Mauá. Foi assim o grande alvoroço na espera dos militares e civis tanto anunciados para a comunidade local.
Argumentado na importância social, econômica, política e administrativa da transferência definitiva da Unidade para Araguari, no caráter de interesse nacional de que se revestia a missão do Batalhão Mauá e nas diversas solenidades comemorativas e de recepção programadas pelo Executivo, foi considerada a data, 10 de maio de 1965, como feriado municipal, a partir das 15h, como bem assegurou o Decreto-Lei nº 12/65, daquela data.
Recordamos aqui, as palavras do saudoso e inesquecível Cabo Otto Dilson Dettmer: “o comboio esperado por todos em Araguari naquele dia, saiu da Estação de Mafra, em 6 de maio pela manhã, onde a comunidade riomafrense superlotou aquele local, para as despedidas dos familiares e amigos. Foram quatro dias de viagem, para chegar primeiramente à Estação de Engenheiro Stevenson, por volta das 10 horas da manhã e como a chegada em Araguari estava marcada para as 16 horas, permanecemos acantonados naquele local, aguardando o momento certo de seguir viagem para a entrada triunfal na cidade de Araguari. A chegada em Araguari foi emocionante, calorosa, generosa, enfim, foram momentos indescritíveis.”
Acertara o amigo Otto, “entrada triunfal” sim, pois se encontravam na estação da “Goiás” todas as autoridades políticas, militares e eclesiásticas, professores, alunos, bandas de música, tropa do Tiro de Guerra – TG 57 e representantes dos diversos segmentos da cidade. Enfim, todos juntos, fervorosos e felizes, para saudar a entrada triunfal do Batalhão Mauá em Araguari.
Após calorosas saudações de boas-vindas, dos discursos entusiasmados dos oradores, do desfile vibrante e emocionante que se estendeu pelas principais ruas do município encerrando-se na praça Manoel Bonito, a tropa seguiu destino para o salão paroquial da Igreja da Matriz do Senhor Bom Jesus da Cana Verde, onde se encontrava instalada a Companhia de Comando e Serviço.
O ícone da imprensa araguarina, Odilon Neves, o mais laureado dos radialistas do município – o qual transmitiu o evento naquela oportunidade –, fez questão de dar o seu testemunho: “eu trabalhava na Rádio Cacique, nossa equipe foi para a estação e montamos aquelas cornetas antigas nos postes, na plataforma, em todos os lugares, foi realmente uma epopéia, uma festa que Araguari nunca mais vai ver igual. O Batalhão mudou o panorama de Araguari, se via somente alegria em todos os presentes.”
Disputavam pela sede do Batalhão Mauá, várias cidades, dentre elas: Uberlândia, Pires do Rio e Araguari. Depois de uma empreitada sem fim, com viagens cansativas, visitas constantes aos dois Rios, Rio de Janeiro e Rio Negro no Paraná, intermináveis reuniões e incessantes contatos, a vitória foi da cidade, do seu povo que ofereceu melhores condições, tanto no campo estratégico como na receptividade. Além, é claro, como dever de justiça, há de se destacar a atuação decisiva e imprescindível de um prefeito arrojado da época que contava com apenas 36 anos de idade, jovem e determinado que apostara e acreditara em seus sonhos, os quais traduziam nos sonhos de cada um de nós araguarinos: Miguel Domingos de Oliveira.
Se quisermos saber mais sobre o valor histórico dessa data, basta pesquisar as reminiscências históricas das Organizações do Exército em nossa região, de ontem e de hoje, e veremos que o nosso município sedia nada mais, nada menos que três delas: um Núcleo Preparatório de Oficiais da Reserva, um Centro de Instrução de Engenharia e Construção e um Batalhão de Engenharia de Construção, unidades de grande importância para a formação de jovens oficiais, para o desenvolvimento e progresso não somente da nossa região, mas de diversos estados do território nacional.
Araguari, em 1965, ressentida e sofrida pela transferência da sede da Estrada de Ferro de Goiás para Goiânia, sentiu-se revigorada, esperançosa e confiante com a chegada do Batalhão Mauá. Hoje, transformou-se num grande pólo de instrução de engenharia militar em virtude da estrutura organizacional dessas unidades de engenharia de construção, da capacidade técnico-profissional de seus efetivos, da qualidade de seus trabalhos e de sua mão-de-obra especializada em obras rodoferroviárias espalhada por todo o Brasil, elevando com orgulho e sentimento de patriotismo o nome de Araguari e do Exército Brasileiro para os mais distantes rincões da nação brasileira.
(Edmar César, do jornal Gazeta do Triângulo, postado em 12-05-2010)
A estação estava completamente tomada pela população que disputava cada palmo da área livre da majestosa e imponente estação. Gente até “nas tampas”, nas escadarias, nos acessos à plataforma, nos canteiros da praça, nas janelas e nas portas das edificações que ornamentavam o conjunto ferroviário, nos muros, nos postes e até mesmo em árvores. Enormes filas tomavam conta do lugar e o povo espremido nas cordas que delimitavam a área nem se davam conta do “peteco” formado, o que se queria mesmo era acompanhar o desembarque da tropa do Batalhão Mauá. Foi assim o grande alvoroço na espera dos militares e civis tanto anunciados para a comunidade local.
Argumentado na importância social, econômica, política e administrativa da transferência definitiva da Unidade para Araguari, no caráter de interesse nacional de que se revestia a missão do Batalhão Mauá e nas diversas solenidades comemorativas e de recepção programadas pelo Executivo, foi considerada a data, 10 de maio de 1965, como feriado municipal, a partir das 15h, como bem assegurou o Decreto-Lei nº 12/65, daquela data.
Recordamos aqui, as palavras do saudoso e inesquecível Cabo Otto Dilson Dettmer: “o comboio esperado por todos em Araguari naquele dia, saiu da Estação de Mafra, em 6 de maio pela manhã, onde a comunidade riomafrense superlotou aquele local, para as despedidas dos familiares e amigos. Foram quatro dias de viagem, para chegar primeiramente à Estação de Engenheiro Stevenson, por volta das 10 horas da manhã e como a chegada em Araguari estava marcada para as 16 horas, permanecemos acantonados naquele local, aguardando o momento certo de seguir viagem para a entrada triunfal na cidade de Araguari. A chegada em Araguari foi emocionante, calorosa, generosa, enfim, foram momentos indescritíveis.”
Acertara o amigo Otto, “entrada triunfal” sim, pois se encontravam na estação da “Goiás” todas as autoridades políticas, militares e eclesiásticas, professores, alunos, bandas de música, tropa do Tiro de Guerra – TG 57 e representantes dos diversos segmentos da cidade. Enfim, todos juntos, fervorosos e felizes, para saudar a entrada triunfal do Batalhão Mauá em Araguari.
Após calorosas saudações de boas-vindas, dos discursos entusiasmados dos oradores, do desfile vibrante e emocionante que se estendeu pelas principais ruas do município encerrando-se na praça Manoel Bonito, a tropa seguiu destino para o salão paroquial da Igreja da Matriz do Senhor Bom Jesus da Cana Verde, onde se encontrava instalada a Companhia de Comando e Serviço.
O ícone da imprensa araguarina, Odilon Neves, o mais laureado dos radialistas do município – o qual transmitiu o evento naquela oportunidade –, fez questão de dar o seu testemunho: “eu trabalhava na Rádio Cacique, nossa equipe foi para a estação e montamos aquelas cornetas antigas nos postes, na plataforma, em todos os lugares, foi realmente uma epopéia, uma festa que Araguari nunca mais vai ver igual. O Batalhão mudou o panorama de Araguari, se via somente alegria em todos os presentes.”
Disputavam pela sede do Batalhão Mauá, várias cidades, dentre elas: Uberlândia, Pires do Rio e Araguari. Depois de uma empreitada sem fim, com viagens cansativas, visitas constantes aos dois Rios, Rio de Janeiro e Rio Negro no Paraná, intermináveis reuniões e incessantes contatos, a vitória foi da cidade, do seu povo que ofereceu melhores condições, tanto no campo estratégico como na receptividade. Além, é claro, como dever de justiça, há de se destacar a atuação decisiva e imprescindível de um prefeito arrojado da época que contava com apenas 36 anos de idade, jovem e determinado que apostara e acreditara em seus sonhos, os quais traduziam nos sonhos de cada um de nós araguarinos: Miguel Domingos de Oliveira.
Se quisermos saber mais sobre o valor histórico dessa data, basta pesquisar as reminiscências históricas das Organizações do Exército em nossa região, de ontem e de hoje, e veremos que o nosso município sedia nada mais, nada menos que três delas: um Núcleo Preparatório de Oficiais da Reserva, um Centro de Instrução de Engenharia e Construção e um Batalhão de Engenharia de Construção, unidades de grande importância para a formação de jovens oficiais, para o desenvolvimento e progresso não somente da nossa região, mas de diversos estados do território nacional.
Araguari, em 1965, ressentida e sofrida pela transferência da sede da Estrada de Ferro de Goiás para Goiânia, sentiu-se revigorada, esperançosa e confiante com a chegada do Batalhão Mauá. Hoje, transformou-se num grande pólo de instrução de engenharia militar em virtude da estrutura organizacional dessas unidades de engenharia de construção, da capacidade técnico-profissional de seus efetivos, da qualidade de seus trabalhos e de sua mão-de-obra especializada em obras rodoferroviárias espalhada por todo o Brasil, elevando com orgulho e sentimento de patriotismo o nome de Araguari e do Exército Brasileiro para os mais distantes rincões da nação brasileira.
(Edmar César, do jornal Gazeta do Triângulo, postado em 12-05-2010)
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