segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Mauá e futebol

Por excesso não fui para o Batalhão Mauá cumprir serviço militar. Batalhão Mauá - Uma História de Grandes Feitos descreve a epopeia do então 2º Batalhão Ferroviário, hoje 11º Batalhão de Engenharia de Construção – Batalhão Mauá. Destaca as missões na area da construção, instrução e assistencia social.
Mas joguei muita bola no campo do Operario, nos campinhos da Farinha (tinha lá perto uma fábrica de farinha) e da Floresta (largo da Floresta), hoje Praça Artur Bernardes – onde chegamos a ser campeoes pelo Cruz Preta por varios anos – o Cruz Preta era dirigido pelo Sr Lázaro Henriques, do Bemge, torcedor fanático do Vasco da Gama, junto com seus filhos e sobrinhos. Até então eu era torcedor pro Araguari Atlético Clube no campo do Vasconcelos Montes contra o Fluminense, raposa do bosque que sempre vencia no estadio Sebastião Cézar.

Tempos de menino

Aos 12 anos de idade consegui meu primeiro trabalho na Joiarte Ótica e Relojoaria, dos amigos Rubão e Lairton. Depois o Rubão me colocou pra trabalhar no CDL. Lá pelos meus 15 anos frequentava o bar do Cabrito (sinuca), do Bolinha (pizza brotinho), e passava pra comer um sanduiche de pernil com pão frances preparado pelo Dickson. No Crispim tomei sorvete, no Serrote um chope, no Ponteio Coca-Cola. A mulecada tinha mania de comprar albuns de figurinhas no Hueda (pronuncia-se Rueda) e no Club do Cairo, onde se sentava na calçada pra jogar “bafinha”. Frequentar clube era só pra soçaite: soirée, carnaval e reveillon no CRA (Clube Recreativo Araguarino), piscina e futsal aos domingos no Pica-Pau e durante a semana no ATC (Araguari Tenis Club).

Escolas que frequentei

Meu curso primário fiz no Grupo Escolar Padre Lafaiete, sob direção da maravilhosa Mirna Maméri. O ginasial e o colegial fiz no estadual Professor Antonio Marques, onde pulávamos os muros pra jogar bola. Meu professor de Geografia, Wilson Falcomer, rigoroso e sério como eram os padres da época. Outros mestres famosos: Wanda Pierucetti, Hermenegildo, Juvenil, Mordente, Walter Rezende, Cairo Gomes e Cairo Guedes, etc. O diretor, Carlos Lindberg da Silva, uma celebridade. No Regina Pácis via-se o padre Nilo conversando com o padre Alberto, aquele da Vespinha prata. Mais tarde trabalhei com meu irmão no escritório Calmo Despachante, bem ao lado do Colégio Sagrado Coração de Jesus.

Estorias de Araguari

Araguari, nunca me esqueço de ti. O arraial do Brejo Alegre desceu o morro e subiu pelas escadas da Igreja da Matriz do Sr Bom Jesus da Cana Verde. Peguei o bonde da Mogiana, ainda menino escalei seus trilhos e entrei vila Goiás adentro, tomei charrete à frente da estação de ferro da Goiás. Ali Eli Ribeiro, meu pai, trabalhou desde os 11 anos de idade, quando meu avô, José Ribeiro – o maquinista “Zé Ruela”, faleceu em trágico acidente de trem que ia com destino a Ipameri. Na escola Carmela Dutra, meu mano Dalton cursou o primario, ao lado da casa do amigo alfaiate, João Borges. No bosque John Kennedy li e escrevi as primeiras estorias. Vendo albuns de familia fotografados pelo photografo Gebhardt, caminhei pela Saudade, segui enterro, passei pela Igreja do Rosário até o cemiterio municipal. Domingo fui rezar na Igreja Presbiteriana Central, liderada por Lutero Vieira, Líbia Vieira, seguidores do reverendo Noé.