segunda-feira, 5 de abril de 2010

Um pouco de Monte Carmelo, cidade onde nasceu minha mãe

   Região antigamente habitada por indígenas, provavelmente da tribo dos Araxás, Monte Carmelo tem a sua origem ligada à chegada dos garimpeiros vindos de São João Del Rei e Tamanduá (hoje Itapecerica), por volta de 1840, atraídos pelos diamantes da Bagagem (atual Estrela do Sul) e de Nossa Senhora da Abadia de Água Suja (Romaria).
   Na época uma grande fazendeira, Clara Chaves, doou uma área de uma légua quadrada para que fosse construída uma capela à Santa de sua devoção, Nossa Senhora do Carmo, em torno da qual foi se formando o povoado, que recebeu o nome de Carmo da Bagagem, elevado à categoria de Vila no dia 06 de outubro de 1882.
   Como Carmo da Bagagem situava-se próximo a um pico, semelhante ao Monte Carmelo, montanha situada no litoral de Israel, onde também se localiza a sede da Congregação das Carmelitas, no dia 25 de junho de 1900, a cidade passa a chamar-se Monte Carmelo, que um hebraico – Karem El – significa "vinhedos de Deus".
   Conhecida como a "Capital da Telha" e "Cidade das Chaminés", Monte Carmelo vem se destacando no cenário nacional pelo seu enorme e importante parque cerâmico, que ao lado da cafeicultura do cerrado, também premiada a nível nacional, na classificação de qualidade, formam a base econômica do município. O clima ameno e agradável e a água saudável, são os grandes atrativos naturais de Monte Carmelo.
   Dona Ruth Garcia, minha mãe, filha do Sr Alberto Garcia (de fazendeiro a carpinteiro) e de Dona Enedina Gonçalves de Oliveira, nasceu em Monte Carmelo em 1° de março de 1932 e casou-se em 1953 com o araguarino Eli Ribeiro, meu pai, com quem teve oito filhos: José Alberto (56), Régia (54), Eli Júnior (53), Marcus Vinícius (52), eu (Ricardo Wagner, 50), Leonardo Alexandre (49), Dalton Mendhelson (47) e Rejane Ribeiro (46), todos nascidos no Hospital Ferroviário de Araguari, com excessão da última, Rejane, que nasceu em casa, ajudada por uma parteira. Treze netos e três bisnetos.

Monte Carmelo pertenceu a Estrela do Sul

Monte Carmelo, município de Minas Gerais com cerca de 51 mil habitantes. Produz telhas, tijolos, artefatos cerâmicos e se destaca na produção de curtume e de embalagens. Grande produtora de café com grãos de altíssima qualidade, serve o Brasil com café do cerrado carmelitano. Junto com Araguari, Uberaba e Patrocínio, está no eixo de destaque da produção do melhor café do cerrado para exportação.

Sua povoação inciiou-se em 1840 por garimpeiros e tem por fundadora Clara Chaves, grande fazendeira que doou uma área (uma légua quadrada) para a construção de uma capela à Santa de sua devoção (em 1870), Nossa Senhora do Carmo, em torno da qual foi se formando o povoado, que recebeu o nome de Carmo da Bagagem. Elevada à categoria de vila no dia 6 de outubro de 1882, a futura Monte Carmelo foi transformada em cidade em 1892, fazendo fronteira com Patrocínio e Douradoquara (que já foi distrito de monte Carmelo).

A escolha da localidade se deu quando os bandeirantes estavam desbravando a região e como aqui é longe da costa onde havia gente, ou seja, mercado consumidor e fácil exportação, eles então estavam procurando alguma mercadoria que poderiam explorar e carregar facilmente para vender ou trocar.

Na época a região de Estrela do Sul, era conhecida pelo Rio Bagagem, onde as lavadeiras da região achavam diamantes na "flor d'água" e os bandeirantes como bons exploradores que eram, chegavam na região e conversavam com os moradores e esta história foi contada a eles. Então começaram a exploração onde já era o município de Bagagem (hoje Estrela do Sul). Após o começo da exploração de diamantes o povoado cresceu rapidamente e conseqüentemente desorganizado e cheio de aventureiros e pessoas sem boa indole.

Os bandeirantes queriam encontrar um lugar um pouco afastado de Bagagem onde eles poderiam trazer suas famílias e então chegando na região onde hoje é Monte Carmelo, viram dois córregos (Mumbuca e Olaria) que possuíam boa quantidade e qualidade de água. Então as famílias foram povoando a região e passou a se chamar Carmo do Bagagem, um distrito ligado a Bagagem, todas as decisões e a administração do povoado estava subordinado a Bagagem.

O nome veio quando uma comitiva de carmelitas chegou na região e o povo queria mudar o nome da cidade que já não mais pertencia a Bagagem, mas por outro lado, não queriam que mudasse muito e estas carmelitas identificaram um morro (hoje conhecido como Igrejinha) que parecia com um morro de Israel chamado de Monte Carmel (carmel em árabe significa uvas de Deus).