quarta-feira, 23 de junho de 2010

Brasil, nome de vegetal

"Formamos um assombro
de misérias e grandezas
somos aqui nessa terra
o grande milagre do amor"

Navio zarpando com
as tristezas filhas de Portugal
Da sorte que a corte lançou
nasceram lindas orquídeas
"orquídeas tão desiguais",
uma delas é Minas Gerais

"No braço cambinda da noite"
a celebração nacional
dançavam o jongo mineiro
pemba, terreiro, cachimbo de pau
Ouro Preto é minério real
velho monastério de sal
arde a cacunda dos pretos
velho soneto, canção desigual

Trezentos e cinquenta sujeitos
carapinhas do Caparaó
Cêpo, Biíca, Pupu, Cascalho,
Zé Bento, Lalí, Zé Tatu

Aquela cidade, o mulato cafu
A serenidade, o menino jacu
A mão da memória que o fogo chamusca
Se busca a lembrança no meio dos bambus

As tribos da melancolia são da noite e da luz do dia
Ouro da capitania, quantas penas deu e daria
A vida correu, na frente a menina corria
Dá cá o pito Maria.

Cantou o violão nacional
Cupim já não dá nesse pau
Árvore tão desigual, salve o Brasil!,
nome de vegetal.

(Música e letra de Celso Adolfo - mineiro de São Domingos do Prata - MG)

Visite o site do Celso Adolfo www.celsoadolfo.com.br

Minas Gerais

Milton Nascimento

Com o coração aberto em vento
Por toda a eternidade

Com o coração doendo
De tanta felicidade

Coração, coração, coração
Coração, coração...

Todas as canções inutilmente

Todas as canções eternamente

Jogos de criar sorte e azar


(Composição: Novelli e Ronaldo Bastos)