terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Tricolor araguarino perdeu um de seus maiores ídolos

Depois de perder seu ex-presidente Amélio Gabriel Cardoso Júnior, morto em um acidente na BR-050, o Fluminense Futebol Clube de Araguari recebeu mais uma triste notícia no final de 2011. Morreu no dia 31, de câncer generalizado, um dos maiores jogadores da história do Tricolor: o ex-meia Juca Show (67 anos). Ele morava em Belo Horizonte e há pouco tempo teve seus pés imortalizados na calçada da fama. O enterro ocorreu no Cemitério da Consolação.

Nascido José Aparecido Conceição, em 10 de novembro de 1944, Juca Show ganhou projeção no Fluminense de Araguari entre o final da década de 60 e o início da década de 70. Passou por Uberaba, América, Náutico e Paysandu.

Juca Show (ao centro) em um dos melhores
times da história do Fluminense

Juca era realmente um show com as bolas nos pés. Tinha um domínio fenomenal e uma excelente visão de jogo. Era perfeito nos desarmes. Também marcavam seus gols, muitos deles com maestria. Hoje, sem dúvida, seria convocado para a Seleção Brasileira, tamanho o seu talento.

Jogador de uma simplicidade ímpar, Juca Show veio de Uberaba trazido pelo inesquecível Mauro Cunha, quando o Fluminense conseguiu formar um esquadrão matador que aniquilava adversários, inclusive jogava de igual para igual com os grandes da capital. Em 1970, o Fluminense só não ganhou do Atlético, no Estádio Sebastião César, graças à ajuda do árbitro, que anulou um gol legítimo do Tricolor, quando a bola penetrou no canto do gol e saiu, graças a um grande buraco na malha apodrecida.

O Fluminense Futebol Clube, através de seu presidente José Antônio César da Silva, lamentou a morte de Juca Show e decretou luto oficial de três dias no Tricolor araguarino.

FIQUE POR DENTRO

No dia 5 de abril de 1972, Juca Show apareceu como uma flecha para garantir a vitória de 1 a 0 do Fluminense diante da Caldense, no Estádio Sebastião César. O árbitro Hélio Cosso se preparava para apitar o final da partida, quando o craque levou a massa ao delírio.

No dia 26, contra o América, seu futuro clube, Juca também foi para as redes, apesar da derrota de 3 a 2, em casa. Nesse jogo, encheu os olhos da diretoria do Coelho. Na capital, Juca havia se destacado, no revés de 1 a 0. O Tricolor entrou em campo com Vandeir; Correia, Lino, Tim e Arlindo; Bene e Mauro; Luis Carlos (Jair), Juca Show, Reinaldo e Noé (Toninho).

Com a camisa do
América Mineiro

Em 1971, o grande goleiro Raul, do Cruzeiro, teve que se virar para evitar um gol de Juca, na apertada vitória de 2 a 1. O arqueiro dividiu a bola com o meia do Flu e perdeu dois dentes.

Juca Show foi imortalizado na Calçada da Fama
do Mineirão, em junho de 2010


Juca Show: um exemplo de ótimo futebol na década de 70

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