quarta-feira, 21 de abril de 2010

Elegia ao cinquentenário de Brasília

(da prece de Guilherme de Almeida)

Brasília,
desejo das alturas,
desejo da altivez,
o orbitar no vazio,
no espaço irrestrito.

Dona de vôo próprio,
caminhos espontâneos,
sem pré-traçados,
mas antes imaginados
nas mãos do arquiteto.

Trajeto que constitui
a própria trilha do vôo,
buscando os ares elevados,
encontraste um não-espaço,
teu próprio espaço, uma utopia.

Espaço do desejo,
do olhar que vem de cima,
qual olho divino,
capaz de planejar suas formas,
dotadas de vida e leveza.

Tua irreverência,
plena inocência,
espaço aberto, infinito,
modernidade, cultura urbana,
louvação ao poder.

Ricardo Wagner Ribeiro, 21 de abril de 2010

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