(da prece de Guilherme de Almeida)
Brasília,
desejo das alturas,
desejo da altivez,
o orbitar no vazio,
no espaço irrestrito.
Dona de vôo próprio,
caminhos espontâneos,
sem pré-traçados,
mas antes imaginados
nas mãos do arquiteto.
Trajeto que constitui
a própria trilha do vôo,
buscando os ares elevados,
encontraste um não-espaço,
teu próprio espaço, uma utopia.
Espaço do desejo,
do olhar que vem de cima,
qual olho divino,
capaz de planejar suas formas,
dotadas de vida e leveza.
Tua irreverência,
plena inocência,
espaço aberto, infinito,
modernidade, cultura urbana,
louvação ao poder.
Ricardo Wagner Ribeiro, 21 de abril de 2010
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