segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Olhos Angorá

Cinzas...
Cor
Da negra melodia.

O interlúdio da tarde
Faz vibrar o sol que arde
A noite que me aguarde.

Estarrecido fiquei ao ver
Que Vinícius tinha razão
Que a vida tem sempre razão
E não.

E não o freguês
E não eu nem vocês...

É tão triste ver passar
A tardinha, o quase anoitecer
Seu cair de gaivota por esse imenso mar
Por essa terra Brasil
Seu voar com ar de Espanha
Navegar pelas praias de Portugal.

Os olhos de quem tanto se ama
São da cor da chama
De Angorá.

Cruzeiro do sol
Candeeiro da minha alegria
Vai, meu menino, iluminar...
O brilho que aqui clareia
Não reluz como lá.



Ricardo Wagner Ribeiro, Brasília 2009

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